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Joyce Damy Mobley- MITO, ALGO FALSO

01/10/2010

Mito significa “algo falso”, mas para os gregos antigos era uma questão de fé: explicava o como e porquês do mundo girar, acontecer, funcionar de determinada forma. Buscavam um sentido, e fé, em um mundo que se transformava a todo instante.

Deuses Gregos já existiam há 70.000 anos AC; foram adornados, e modificados, nas muitas interferências de outras civilizações – que acrescentaram – outras divindades às originais.

Amálgama de outras civilizações, as histórias eram passadas segundo a tradição oral até que Homero (há discussões) as organizasse – 750 anos AC- assim cristalizando a Mitologia Grega e seus Deuses.

Há que se considerar a existência outros de deuses – para além – do que Homero deu a conhecer. Cada rio, riacho, nascente, cada montanha, cada acontecimento da natureza tinha um deus correspondente, e assim, de uma vila para outra vila, diferentes deuses eram reverenciados, também desconhecidos, fora de seu próprio domínio.

Os gregos tinham tantos deuses – e tamanho receio de ofendê-los – que criaram um Templo para o Deus Desconhecido: garantia de não deixar esquecido qualquer possível deus.

Afrodite e Artemis são duas faces de uma mesma deusa – por vezes, as associo à Iemanjá (mar), e Oxum (águas doces), quando rios se encontram com o mar; muito embora, Oxum seja comparada à Vênus romana, que corresponde à Afrodite grega.

Iemanjá e Oxum – Afrodite e Artemis? Talvez se encontrem nos limites em que cada uma banha a terra com suas águas…

Afrodite deusa do amor, da beleza, e da procriação. Artemis protetora da natureza e dos jovens, tida como uma deusa virgem (por selecionar aqueles que poderiam desejá-la; olhá-la de frente) – faz a passagem da puberdade para a vida adulta – e, em sua forma adulta é conhecida como Afrodite.

Ares, filho de Zeus e Hera, é o deus da guerra selvagem (pessoalmente considero todas as guerras como selvagens), sede de sangue, matança desenfreada.

Retomando: Ares e Afrodite vivem uma linda e triste história de amor proibido visto quê Afrodite era casada com Hefesto. Para manter a paz no Olimpo, Zeus separa os amantes.

Inconformada, Afrodite veste uma túnica branca, o cinto de ouro – que tinha poderes mágicos – e parte para terra (Chipre). Nas águas doces de um lago (Oxum), chora e lamenta o amor perdido…

De sua essência (lágrimas) nascem lindas flores vermelhas, amarelas, brancas, rosas e mirtos; também nasce um cisne – ave de pescoço longo que, muitas vezes, ao se encontrar com outro cisne compõem o desenho de um coração.

Conta a lenda que Ares – ouvindo os lamentos de Afrodite – desobedece à Zeus – desce à Terra para se encontrar com Afrodite… Como castigo, pela desobediência dos amantes, Zeus sentencia: “deste instante e para sempre vocês estarão separados, ficarão no firmamento a olhar um para o outro, brilhando para os mortais”.

Desde então Afrodite (Vênus) é a primeira estrela a aparecer no céu, e depois dela surge o vermelho Ares (Marte): os dois olham-se de longe sem jamais tocar um ao outro…

Como poderiam coexistir amor (Afrodite) e sede de sangue (Ares)? Coexistem, por vezes, e talvez pudessem coexistir se transmutassem até atingir a consciência e qualidades de seus filhos…

Abraços de brisas perfumadas.
A-hammm…
Joyce Damy Mobley
CRT 42510

4 Comentários leave one →
  1. 10/10/2010 10:40 pm

    A mitologia é muito fascinante. É muito difícil não encontrarmos uma história que se pareça com alguma que estamos vivendo, ou que já vivemos. Mas depois de ler essa história, que sem dúvidas é tocando, fico aqui pensando o que aconteceu com o Hesfesto. Será que ele perdoou a Afrodite? E ela será que ficou com o marido amando à outro, ou acabou por esquecer o outro? Triângulos amorosos sempre tem um fim trágico, tirando Dona Flor e seus dois maridos, claro! 🙂
    Mas sério, fiquei mesmo pensando no que resultou do casamento dela com Hesfesto.

    • 14/10/2010 9:06 pm

      Oiiiiiiiiii Lu querida!

      Ainda não haviam inventado o divórcio… Com certeza ficaram casados.
      Óbvio quê: como em todo casamento infeliz, ou circunstância em que não se pode ter uma escolha – Afrodite foi obrigada a casar com Hefesto – não pode haver um final feliz…
      Well, well, talvez seja a diferença entre contos infantis e mitologia os contos sempre terminam no “foram felizes para sempre”; porém, no que concerne à mitologia os finais são diferentes. Talvez se assemelhem à realidade. Os Gregos tentavam explicar e compreender a vida através de seus deuses.

      Triângulos amorosos e finais trágicos? Na grande maioria das vezes é uma verdade; teríamos que considerar a poliamorosidade para que um triângulo amoroso merecesse o nome que carrega. Podemos trocar: triângulo desastroso?

      Pensando sobre triângulos: figura geométrica que ocupa o espaço interno limitado por três linhas retas que concorrem, duas a duas, em três pontos diferentes formando três lados e três ângulos internos…

      Gargalhadas! Hoje não estou séria!

      Hefesto? Lu querida, Hefesto espalhou-se e progrediu muito em todos os sentidos; como deus do fogo e da metalurgia ficou podre de rico! Trocou Afrodite por vários carros; cuida dos carros com tamanho carinho, e zêlo, e sempre e tanto que mesmo em face do maior encanto: de outros carros se encantam seus pensamentos!

      Saindo da brincadeira? Todo relacionamento dá certo pelo tempo em que dá certo, e só…
      Hefesto deveria ter deixado Afrodite viver o amor que realmente amava…
      Penso que tudo isso é muito simbólico, mas um casal que forma um ângulo – como ponto de partida – jamais vai se encontrar.

      Abraços de brisas perfumadas.

  2. 05/10/2010 1:18 am

    Gaiata, espera a segunda parte!
    Adorei os acarajés que sua mãe trouxe-fez aqui.
    beijosssssssssssssss

  3. leticia permalink
    02/10/2010 12:03 am

    DahOraaaaa ahushauhsuaushuash 🙂

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